Friday, September 01, 2006

Amar sonhando ...

Photo: Luc Selen
Um simples toque do seu corpo foi a ignição para um profundo e selvagem desejo de a ter. Um beijo profundo e demorado na sua boca e passado algum tempo aí estavam eles, nus, no mundo sós, sem pressupostos nem consequências, sem antes nem depois, num momento inefável de amor irrepetível.

Beijava-a na boca, no rosto, no pescoço e já os 36 B requeriam a atenção que passei a dispensar com inebriante e deliciosa sensação de prazer.

Descia no seu corpo, agora no umbigo e porque nenhum sinal recolhi de paragem interpretei-o como sendo de sentido obrigatório. Tal como no poema de Drummond a "língua lambe, lambilonga, lambilenta a licorina gruta cabeluda e quanto mais lambente, mais ativa, atinge o céu do céu, entre gemidos, entre gritos, balidos e rugidos de leões na floresta, enfurecidos".

Quando estremecido pelo êxtase do «gatinho» acordo, abro os olhos, procuro-te... Estou sozinho !

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